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“MINHA HISTÓRIA NO JAPÃO: UM RELATO PESSOAL DE UM BRASILEIRO NISSEI NA  TERRA DO SOL NASCENTE”
MINHA HISTÓRIA NO JAPÃO

MINHA HISTÓRIA NO JAPÃO

“MINHA HISTÓRIA NO JAPÃO: UM RELATO PESSOAL DE UM BRASILEIRO NISSEI NA TERRA DO SOL NASCENTE”

“MINHA HISTÓRIA NO JAPÃO: UM RELATO PESSOAL DE UM BRASILEIRO NISSEI NA  TERRA DO SOL NASCENTE”

 

“Meu nome é Gilberto Yoshio Kawada, sou brasileiro nissei mestiço, descendente de japonês. Nasci em São Paulo, Brasil. Neste relato, Eu vou compartilhar momentos marcantes da minha história no Japão, explorando as nuances culturais que diferenciam o Japão a do Brasil.”

“Me lembro de desembarcar junto com meus irmãos, Mary Kawada e Mauricio Kawada, no Aeroporto Internacional de Narita,

AEROPORTO INTERNACIOANAL DE NARITA, JAPÃO TERMINAL 2

 

A minha história no Japão teve início com o desembarque, junto com meus irmãos, Mary Kawada e Mauricio Kawada, no Aeroporto Internacional de Narita, Japão, Terminal 2, em 11 de abril de 1991. A entrada em um país cujo idioma japonês era desconhecido tornou-se uma aventura inesquecível! Ao longo do tempo, compartilharei mais sobre a vida em uma nação milenar com uma cultura totalmente distinta da do Brasil.

A chegada, às 14:30, nos deixou exaustos devido à longa viagem de 24 horas. Aguardamos os responsáveis que iam nos buscar até as 18:45. Confesso que fiquei preocupado naquele dia, pois a orientação era que dois senhores estariam nos esperando e segurando uma placa com os nossos nomes. Para minha surpresa, não havia ninguém na área de desembarque segurando uma placa.

Próximo a nós, ouvi um senhor falando português brasileiro, e fui pedir ajuda a ele. Esse senhor se ofereceu para ajudar e perguntou se eu tinha o nome da empresa para a qual iríamos trabalhar e os nomes das pessoas que estariam nos esperando na área de desembarque. Ele ligou para a empresa e passou nossa situação. A empresa confirmou que eles estavam no aeroporto à nossa espera.

Então, esse senhor foi até o balcão de informações do aeroporto, onde os nomes dos senhores foram anunciados. Vi um senhor indo até o balcão de informações, e, incrivelmente, esses dois senhores estavam a apenas 5 metros de nós, esperando, mas sem a placa de identificação. Aqui está um resumo da nossa primeira aventura.

“Quando o trem-bala partiu da estação de Tokyo rumo à cidade de Kakegawa-shi, que fica a 223 km, passamos bem no centro e deparamos com muitas iluminações nos prédios, com letreiros escritos em kanji japonês.

CIDADE DE TOKYO A NOITE

 

“Quando o trem-bala partiu da estação de Tokyo rumo à cidade de Kakegawa-shi, que fica a 223 km, passamos bem no centro e deparamos com muitas iluminações nos prédios, com letreiros escritos em kanji japonês. Achei o visual bastante futurístico naquela época. Eu vi um Japão que nem em meus sonhos eu poderia imaginar que fosse tão lindo assim. Achava todos os carros bonitos, até os pequenos; enfim, tudo era novidade naquela época.”

CABINES DE TELEFONES INTERNACIONAIS EM FRENTE DA ESTAÇÃO DE KAKEGAWA EM 1991

FRENTE DA ESTAÇÃO DE KAKEGAWA

 Em maio de 1991, cheguei ao Japão pela primeira vez e morei por alguns anos na cidade de Kakegawa-shi com meus irmãos. Aquela época foi repleta de lembranças, ao mesmo tempo inesquecíveis e difíceis. Estar em outro país, onde tudo era novidade, era incrível, mas estar longe dos meus pais era doloroso. Já chorei muitas vezes de saudade da minha família em Kakegawa. Ligava para o Brasil para matar a saudade, mesmo que as ligações fossem caras na época. Além disso, enfrentava o frio intenso nas noites geladas de inverno.

A foto acima mostra a frente da estação de Kakegawa, onde há cabines de telefones internacionais e trens normais de baixa velocidade. A foto abaixo mostra a parte de trás da estação, por onde passa o famoso trem-bala de alta velocidade. Tive muita sorte de ter vivido essa experiência única.

Estação de Kakegawa foi a primeira cidade que eu morei.

MINHA PRIMEIRA EXPÊRIENCIA  NO  JAPÃO EM FÁBRICA

 

Esta foi a primeira empresa que eu trabalhei no Japão: a Sansui, fábrica de componentes eletrônicos (aparelhos de som e TVs). Quanta saudade! Quando baixei essa foto, me deu uma vontade imensa de chorar. 

1. Contratação

Quando eu saí do Brasil, já havia saído com emprego arrumado, o que foi muita sorte, pois entramos como funcionários com contratação direta. Mas no Japão, existem duas formas de se encontrar empregos:

  • Contratação direta: para quem domina bem o idioma japonês, mais ou menos uns 80%.
  • Empresas terceirizadas, mais conhecidas como empreiteiras, que prestam serviços de mão de obra para outras empresas.

2. Adaptação

Eu e meus irmãos só entramos direto porque foi por apresentação. Porque o meu primo tinha uma agência de viagens que recrutava dekassekis que estavam dispostos a vir no Japão para se aventurar. Também havia quatro brasileiros intérpretes que já trabalhavam na Sansui antes da gente chegar. Isso ajudou muito na nossa vinda para a terra do sol nascente.

Como eu já havia dito, não sabia nada sobre o idioma japonês. Os primeiros dias de trabalho não foram nada fáceis. Eu não tinha a disciplina igual aos japoneses. Vivia sendo chamado à atenção por conversar muito durante o expediente de trabalho, e não usava o uniforme corretamente. Sempre batia de frente com os chefes japoneses e não entendia tamanha disciplina que eles tinham na Sansui.

3. Desafios

Eu trabalhava 11 horas por dia, sendo 1 hora de almoço, e meu turno era de noite. Muitas horas de trabalho estavam acabando comigo. Para quem trabalhava só 8 horas por dia e tinha folgas todos os sábados e domingos…

Comecei a perder peso por causa do trabalho longo e cansativo, e também por estar sentindo falta dos meus pais e familiares. Perdi 10 quilos. Fiquei super mal. Não conseguia comer comida japonesa por não gostar. Pensava direto no Brasil e estava querendo voltar logo. Cheguei no Japão pesando 74 quilos. Quando me pesei novamente, estava com 66 quilos. Estava magro, acabado e totalmente triste, tinha que me recuperar.

4. Superação

Lutei com todas as minhas forças para conseguir entrar na disciplina japonesa e também lutar contra a tristeza de estar longe dos meus pais. Quando se passaram 6 meses, eu já estava quase me recuperando e estava com forças para seguir adiante. Chorava um pouco para descarregar a tristeza atrás das máquinas. Na frente dos meus colegas, eu sorria forçado, mas por dentro eu estava muito triste ainda.

5. Volta para o Brasil

Um ano se passou, e estava chegando o dia da minha partida para o Brasil. Meu irmão também decidiu ir comigo, e só minha irmã resolveu ficar.

Para a minha surpresa, o meu pai estava vindo para o Japão junto com a minha mãe. Quase nem acreditei quando ouvi isso no telefone.

Conclusão:

Enfim, voltamos de novo para o Japão, mas agora com a família toda junta. Estava feliz em estar novamente com minha família completa.

Considerações finais:

Essa experiência foi muito importante para mim. Aprendi muito sobre a cultura japonesa, sobre disciplina e sobre a importância da família. Também aprendi a valorizar mais o que eu tinha no Brasil.

Recomendações:

Para quem está pensando em morar no Japão, eu recomendo que se prepare bem antes de ir. Aprenda o idioma japonês, pesquise sobre a cultura e a sociedade japonesa, e esteja preparado para enfrentar alguns desafios.

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